Esta história do orçamento para 2011, anda a deixar irritada e cansada muita gente.
Sobretudo, com a falta de senso e de sentido de Estado do PS e do PSD.
Pelos vistos, não viram o que se passou em Espanha ,com o mesmo assunto.
Já não há paciência.
E nem sequer percebo o que é que andam a discutir.
Vejamos:
1. O Tratado da UE e o Tratado de Funcinamento da UE são claros. E estão assinados por Portugal.
2. A politica monetária e cambial são da responsabilidade do BCE.
3. Quanto á politica orçamental é simples. A UE têm a responsabilidade da " supervisão multilateral ".
Ou seja, assinas o PEC 1,2 e 3 e fazem o que nós queremos.
Melhor, a Alemanha pressiona para a consolidação orçamental em Portugal.
Se assim é e nós sabemos que sim, para quê perder tanto tempo ?
E quanto custou a Portugal estas pseudos- negociações dos 2 maiores Partidos ?
Eu mandava-lhes a conta. Directo ao Rato e á Lapa.
Podia ser que deixassem de brincar aos politicos.
Num ano a pen vai vazia, no outro atrasada e sem alguns mapas, desta vez ainda mais atrasada e sem o documenro mais importante. Não vale a pena contemporizar: este OE será o mais difícil dos últimos 25 anos, mas o atraso e as falhas são incompreensíveis e injustificáveis.
Se tudo isto se passasse no governo liderado por Santana Lopes, o PS inteiro estaria a rir-se, a comentar furiosamente no Twitter, a delirar no Facebook e a espraiar-se deliciado na comunicação social.
Santana tinha tudo e todos contra ele, a começar pelo próprio partido. Sócrates e Teixeira dos Santos ainda têm a compreensão de muitos, graças a uma crise financeira e a uma pressão europeia que não controlam nem condicionam. Mas falharem desta forma naquilo que é fundamental é imperdoável. Em vez de terem passado o Verão a surfar a onda da revisão constitucional e em inaugurações dispensáveis, podiam ter feito o orçamento a horas.
Era o mínimo. Pedro, estás perdoado.
Ricardo Costa in Expresso.
A História vai repetir-se.
Em 1983-1985 o PSD e o PS constituiram um Governo do Bloco Central.
Hoje, Pedro Santana Lopes e Francisco Assis falam do assunto, cada um à sua maneira.
Desde o Verão ,que também não vejo alternativa.
Senão, vejamos.
Na hipótese de haver eleições em 2011, e o PS quer, tanto o PSD como o PS podem ganhar.
Mas, ganhando não ganham. Ou seja a diferença vai ser tão pequena, que um eventual Governo de um dos Partidos não sobreviverá.
Se o PSD ganhar, mesmo com o PP, não resistirá a um PS forte, mais BE, mais PCP, na oposição.
Se o PS ganhar com uma diferença minima, teremos mais do mesmo. Instabilidade.
Com a crise, com problemas sociais e económicos a agravarem-se em 2011 não vai restar outra alternativa.
Em nome do interesse nacional, PS e PSD devem governar.
Escolham 5 ministros altamente competentes e acima de qualquer suspeita e vamos a isto.
O PS, o PSD e o PR devem indicar uma personalidade forte, independente, e muito séria. Um gestor, com sentido de Estado.
E que ponha em primeiro lugar PORTUGAL.
Tenho a certeza que é possivel.
P.S. Muito bem, Manuela Ferreira Leite ontem no Parlamento. Com autoridade disse o que todos pensamos.
Acabem com a brincadeira e com o teatro. O PSD deve informar já os portugueses e os mercados que viabiliza o OE.