Defendemos uma Política de Verdade e quisemos uma Lisboa com Sentido. Neste novo ciclo político nasce o Crónicas Lusitanas, de militantes e simpatizantes do PPD/PSD, que querem que este seja um espaço de liberdade, debate e opinião, e sem asfixias..

08
Fev 10

Sobre o momento presente, muito se tem escrito e comentado. Neste sentido, a crónica de Henrique Monteiro, Director do Expresso, é incontornável, quer seja por quem a escreve, quer seja pelo seu conteúdo...

 

"Henrique Monteiro (www.expresso.pt)
12:05 Terça-feira, 2 de Fev de 2010


Sou amigo do Mário Crespo há muitos anos e tenho-o na conta de um homem independente e sério, o que não significa que partilhe muitas opiniões com ele, ou que entenda que ele é um modelo de jornalismo. Também não acho isso de mim próprio, ou de ninguém em particular.
A liberdade é a coexistência de modelos e não a imposição de um em concreto.
Ao longo de mais de 30 anos de carreira jornalística - e nesse particular sou mais antigo do que o Mário - não me lembro de um cronista ser dispensado depois de a crónica estar pronta a ir para a oficina. E o que isto significa é que os limites da liberdade estão mais apertados do que nunca.
Tenho o director do JN, José Leite Pereira, na conta de um bom profissional e de um homem independente e sério. É jornalista há muitos mais anos do que eu, tem uma experiência considerável. Não creio que ele se impressione com uma crítica a Sócrates, como não creio que ele exigisse gratuitamente a Mário Crespo uma confirmação independente de fontes. Provavelmente, não o faz (nenhum de nós o faz) quando, em vez de Sócrates, está um outro cidadão qualquer em causa.
Porém, no caso do primeiro-ministro as palavras são relevantes, já que proferidas por quem tem a responsabilidade do poder executivo neste país. É certo que a conversa pode ser considerada privada, mas é igualmente certo que o bom-nome de Mário Crespo foi atacado de forma pública, ou jamais seria ouvida por circunstantes que nada tinham a ver com a conversa.
O que se passa, então?
Posso tentar avançar uma explicação: Mário Crespo tornou-se incómodo para Sócrates (e até para Cavaco, que denunciou em algumas crónicas), e a sua incomodidade estava a deixar o próprio José Leite Pereira numa situação difícil. Por isso o director do JN recorreu a um excessivo escrúpulo jornalístico para resolver a questão. E decidiu não publicar a crónica.
Não posso condenar José Leite Pereira, não é do meu timbre julgar os outros. Apenas posso dizer que este é o panorama da nossa Comunicação Social: Grupos que dependem do poder do Governo, patrões que pressionam directores e editores até à exaustão, cronistas afastados por serem incómodos e uma multidão de lambe-botas que, prudentemente se cala ou arranja eufemismos para tratar a questão.
Tenho em comum com Mário Crespo o facto de trabalharmos num grupo onde nada disto acontece (felizmente não será o único). Talvez não estejamos inteiramente preparados para o mundo 'lá fora', onde as palavras têm de ser medidas, onde não se pode escrever preto no branco, como aqui faço, que Sócrates é o pior primeiro-ministro no que respeita à Comunicação Social; o único que telefona e berra com jornalistas, directores, com quem pode. O único em que nestes mais de 30 anos que levo de vida jornalística, se preocupa doentiamente com o que dizem dele, em vez de mostrar grandeza e fair-play com o que de errado e certo propaga a Comunicação Social.
Lamento dizê-lo, tanto mais que é nosso primeiro-ministro e seguramente tem trabalhado muito e o melhor que sabe.
Mas é a verdade, e num momento destes a verdade não se pode esconder."


02
Jan 10

O centenário da República e a mensagem de ano novo do Presidente da República

Em 2010 comemoram-se os cem anos da República.

 

Portugal, na década que agora começa, passará por um dos períodos mais difíceis dos últimos cem anos.

 

O aumento de desemprego, aliado à crise económina e social, à crise de valores e da ética, ao descrédito das instituições, nomeadamente, da Justiça e de tudo o que é político-partidário, estão a consumir o capital de crédito do actual sistema político-constitucional.

 

Defendo a existência de partidos políticos e de um sistema político, democrático, assente no multipartidarismo. No entanto, não comungo da teoria que, cada vez mais, vejo expressa e praticada, de que tudo deve ser feito em função daqueles. Em vez disso, sou dos que pensam que os partidos, apesar de serem um instrumento essêncial da democracia, são isso mesmo, instrumentos. E, não o fim em si. 

 

Os partidos devem estar ao serviço da democracia, do país, da Nação. Não à contrário, em que tudo parece ser feito, não em função da agenda nacional, mas sim em função da agenda partidária.

 

A década que agora começa, estou certo, será uma década de extraodinária importância e, isto, desde logo, porque não é possível adiar mais...

 

As comemorações dos cem anos da Républica deverão ser aproveitadas, não só para as normais comemorações da efeméride - fazendo o balanço do tempo decorrido, sobre a bandeira verde rubra - mas, essêncialmente para repensar Portugal e a sua visão estratégica, quer no plano interno, quer no plano externo.

 

Bom seria que reunissem os Estados Gerais de Portugal, em que todos possam participar, para que este debate se possa concretizar...

 

Por nossa parte, julgamos que a mensagem de ano novo do Presidente da República é um bom começo para o despertar das consciências.

 

Assim, pela sua importância, aqui deixamos a possibilidade de o ler e/ou escutar:

http://www.presidencia.pt/archive/news/index53-1.html


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