Defendemos uma Política de Verdade e quisemos uma Lisboa com Sentido. Neste novo ciclo político nasce o Crónicas Lusitanas, de militantes e simpatizantes do PPD/PSD, que querem que este seja um espaço de liberdade, debate e opinião, e sem asfixias..

12
Dez 09

Ficámos a saber que o Governo apresentou a candidatura do Dr. Vítor Constâncio à vice-presidência do Banco Central Europeu.

 

Não deixa de ser uma excelente notícia a possibilidade de vermos o actual governador do Banco de Portugal deixar o lugar. Já há muito que tal devia ter acontecido.

 

Nos últimos anos o Sr. Governador agiu como um verdadeiro comissário político. As opiniões e criticas duras aos governos PSD deram lugar ao silêncio e à candura nos governos PS.

O seu mandato fica marcado pelo frete feito ao governo Sócrates naquela palhaçada do relatório que, baseado em pressupostos ridículos e falsos, afirmava que o défice em 2005 seria de 6,83%.

Nunca um governador do BdP se tinha sujeitado a um papel destes na democracia portuguesa. Nunca uma instituição foi tão instrumentalizada.

 

Finalmente, o mandato do Sr. Governador ficará na história pela incompetência e pelo total falhanço na questão da supervisão bancária. Os casos foram vários, com implicações graves e que ainda hoje estão em discussão: caso BCP, caso BPN e caso BPP. Em todos a conclusão é óbvia: o BdP não actuou como devia, nomeadamente face aos diversos sinais de que as coisas não estavam bem.

 

Por tudo isto e mais, é bom saber que o Sr. Governador poderá deixar de o ser.

 

O que não se percebe é como é que tal desempenho é recompensado com um prémio destes. Ou melhor, se calhar até é fácil de perceber: basta pensarmos que afinal de contas é um secretário geral do PS a propor a candidatura de um ex-secretário geral do PS.

Assim tudo fica mais fácil e mais perceptível. A candidatura e a actuação dos últimos anos.

Porreiro pá!

Crónica de Rodrigo Mello Gonçalves às 01:44

07
Dez 09

 

Após as eleições legislativas, tem sido notícia recorrente a questão da sucessão na liderança do PSD.
 
Logo após alguma “pressão”, de várias correntes social-democratas, os “ânimos” pareceram serenar com a proposta, em Conselho Nacional, de que a demissão e realização de novas directas ocorreria logo após a discussão do Orçamento de Estado. Porém, de quando em vez, a questão parece “dar de novo à costa”.
 
Em nosso entender, a oposição e, nesta, a social-democrata, tem estado especialmente activa com a reabertura do Parlamento. Perante, isto, o “bloco minoritário”, que suporta o Governo, tem dado sinais de alguma preocupação e, até, de algum “desnorte”.
 
O Governo começa a ensaiar o modelo de vitimização, tentando ir pela senda de que não o deixam governar de acordo com o seu programa, para, mais à frente, poder tentar um eventual “golpe de força”. Ainda, assim, o PSD, se bem que incompreendido por alguns sectores, acaba de dar a mão ao PS, ao mesmo tempo que “puxou” o tapete ao CDS/PP, numa das questões mais polémicas da governação de José Sócrates – a avaliação e a carreira docente dos professores. Neste passo, estamos convencidos, não terá sido estranha a amizade que aproxima os dois líderes parlamentares, do PSD e do PS. As próximas semanas dirão se este passo foi acertado e se os professores o entenderam. Uma coisa é certa, a imagem e a forma da actuação da nova Ministra da Educação mudaram de forma significativa, quando comparadas com a postura da anterior, falta agora apurar se se trata de mera “maquilhagem” ou se o seu conteúdo também mudou…
 
Vem, isto tudo a propósito de o PSD viver hoje uma liderança a prazo. A nosso ver, nada pior do que uma liderança a prazo, para manter o PSD numa navegação assertiva e com um projecto de futuro.
 
É verdade que muito se tem falado das escutas, das verdades e falsidades que terão sido ditas, etc., etc.. Mas, o que o povo, verdadeiramente, espera da oposição, nomeadamente daquela que está em condições de ser alternância, são propostas, soluções e alternativas de governação para os seus problemas...
 
Mas, pode-se verdadeiramente falar de propostas e soluções de alternância quando a liderança já assumiu que está a prazo? Ou será que vai a votos? E, o caso de não se apresentar e/ou não ser eleita, serão essas propostas, agora apresentadas, credíveis? Encaixam no programa, ou programas que estão a ser revistos? São as que foram apresentadas, aos eleitores, e derrotadas nas últimas eleições?
 
Quanto a nós, é urgente que, no mais curto espaço de tempo, a situação de quem serão os candidatos à liderança, com que programas e quem é de facto eleito como líder, se esclareça de uma vez por todas. Os sinais de desgaste, antecipado, que este governo parece carregar no seu lastro, exigem do principal partido da oposição uma rápida clarificação de liderança. Liderança está que deverá ser sólida, congregadora, experimentada, inovadora, virada para a resolução dos problemas que hoje nos afligem, ao mesmo tempo que deverá ser capaz de desenhar e executar uma nova estratégia de governação nos conduza a um futuro consistente.
 
Portugal não pode continuar a navegar à bolina, sem uma estratégia definida e sem destino determinado. Não há mais tempo para “experiências falhadas”, o povo procura e quer um líder sério, honesto, credível, forte, inovador, reformista, com capacidade de dialogar e de decidir, capaz de reestruturar a economia e criar emprego, garante da ordem e da segurança.
Crónica de José Cal Gonçalves às 11:21

02
Dez 09

 

O actual momento conturbado que se vive em Portugal com as concessões das novas Auto-Estradas,leva-me a tecer algumas considerações sobre o assunto.

Portugal,foi considerado um exemplo nas Parcerias Público-Privadas.Em 2000,lembro-me de alguns eventos especializados,nacionais e internacionais,onde o nosso exemplo era considerado um case-study de sucesso.

Pois bem,o mundo mudou e nós também.

As leis mudaram.O Governo também,várias vezes.A Crise está para ficar.

As empresas, de um sector que é responsável por mais de 10% do PIB e por cerca de 12% do Emprego continuam a fazer o seu trabalho.E bem.Internacionalizaram-se.Estão na Europa do Leste,em África,nos EUA e na América Latina com enorme sucesso.

Milhares de portugueses estão nesses países com emprego.

Modernizaram-se.Recrutaram quadros muito qualificados.

São empresas do sector privado.

O seu fim é o lucro.Entram nos negócios para ganhar e não para perder.

Quando se envolvem em Parcerias com o Estado é para partilhar o risco.E para gerirem bem,os recursos cada vez mais escassos.

Fazem contas ao dinheiro.Dia a dia.

Qualquer contratempo,têm custos elevados.

Ora,é o que está a acontecer.

O Tribunal de Contas,esteve 1 ano para dar parecer sobre as novas concessões.Repito 1 ano.

E o Parecer é negativo.

E agora?

Portugal não pode mudar todos os anos o formato legal destas operações.TEMOS QUE ESTABILIZAR.Interesses mesquinhos,partidários e corporativos não podem estar acima do interesse nacional.

Responsabilidade e bom senso,precisam-se.

Crónica de João Pessoa e Costa às 15:12

01
Dez 09

A propósito de escutas, videovigilância e espionagem política

 

 

As últimas semanas têm sido pródigas em notícias sobre escutas, videovigilância e espionagem política.

 

Com efeito, a 26 de Novembro, ficamos a saber que a Comissão Nacional de Protecção de Dados terá inviabilizado a instalação, pela PSP, de um sistema de videovigilância na Baixa de Lisboa, ao mesmo tempo que terá autorizado que o mesmo tipo de sistema seja instalado no Bairro Alto.

 

O parecer, da Comissão Nacional de Protecção de Dados, considera que no caso da Baixa Pombalina não terá sido demonstrado que o sistema de videovigilância contribuiria para combater o sentimento de insegurança e que este sistema só deve ser utilizado quando existem motivos fortes.

 

A CNPD lembrou, ainda, que, em seu entender, a videovigilância colide com direito à imagem e à reserva da vida privada e que, por isso, só deve ser aprovada quando existe uma base sólida para lançar este sistema.

 

Nestes termos, o sacrifício de direitos fundamentais como o da privacidade, que iria ser imposto aos cidadãos que circulam na Baixa Pombalina, pesou mais, para aCNPD, do que o possível aumento da segurança naquela zona.

 

Será que os membros da CNPD não conhecem a situação de insegurança e criminalidade que se vive nas ruas da Baixa Lisboeta? Será que não é conhecida a actividade marginal – venda de estupefacientes, acção dos carteiristas, etc. - que grassa nessas ruas? Será que só conhecem o que se passa no Bairro Alto?

 

Pela nossa parte, defendemos que a videovigilância, apesar de não ser um sistema desejável, pode ser um precioso instrumento de salvaguarda e garantia de segurança do cidadão comum.

 

Mas, no mesmo período - em que a Comissão Nacional de Protecção de Dados, no seu dizer e livre arbítrio, optou por manter os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos - os jornais viram a luz do dia com notícias em torno do eventual conteúdo de conversas, privadas, do Primeiro Ministro de Portugal.

 

Como é sabido, não sou apoiante de José Sócrates. Mas, não me é indiferente que o conteúdo das conversas telefónicas privadas, do Primeiro-Ministro de Portugal, possam aparecer transcritas num qualquer jornal. Já não é, só, a eventual devassa da vida privada, da pessoa, é também a possibilidade, inadmissível, de devassa da actividade de um dos órgãos de soberania, podendo, até, no limite, pôr em causa a segurança e soberania nacionais.

 

Não questiono, obviamente, a realização de eventuais escutas, desde que efectuadas no quadro legal, por parte das autoridades judiciárias. Já que, num Estado de Direito Democrático, a Lei é igual para todos. O que me incomoda, isso sim, é que a coberto deste quadro legal, qualquer um, em clara violação da Lei, possa ter acesso e divulgue o conteúdo dessas escutas.

 

Um Estado de Direito Democrático, não pode continuara a permitir o desrespeito das suas instituições, sob pena de se poder tornar num “Estado de Big Brother sem Lei”, podendo desembocar, nessas circunstâncias, a qualquer momento, em modelos de clara violação dos direitos, liberdades e garantias e até da soberania nacional, situações que pensávamos, há poucos anos, não seriam mais possíveis…

 

A Nação Portuguesa, não pode continuar a permitir que as suas instituições sejam desrespeitadas, por quem quer que seja, sob pena de a breve trecho, senão já, estar em causa o regime, o sistema. O que povo quer é pão, bom senso, ordem, tolerância e justiça.

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Crónica de José Cal Gonçalves às 22:53

Dezembro 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11

13
15
16
17
19

21
24
26

27
28


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
pesquisar
 
blogs SAPO