Este foi o discurso de Jorge Sampaio ao país em 10 de Dezembro de 2004.
Com ligeiras, muito ligeiras mesmo, adaptações, este poderia ser o discurso de Cavaco Silva ao país, já amanhã...
"Entretanto, desde a posse do XVI Governo Constitucional, e depois de lhe ter assegurado todas as condições necessárias para o desempenho da sua missão, o País assistiu a uma série de episódios que ensombrou decisivamente a credibilidade do Governo e a sua capacidade para enfrentar a crise que o País vive.
Refiro-me a sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações que contribuíram para o desprestígio do Governo, dos seus membros e das instituições,
A sucessão negativa desses acontecimentos impôs uma avaliação de conjunto, e não apenas de cada acontecimento isoladamente. Foi essa sucessão que criou uma grave crise de credibilidade do Governo, que surgira como um Governo sucedâneo do anterior, e relativamente ao qual, por conseguinte, as exigências de credibilidade se mostravam especialmente relevantes, e, como tal, tinham sido aceites pelo Primeiro Ministro. Aliás, por diversas vezes e por formas diferentes, dei sinais do meu descontentamento com o que se estava a passar.
A persistência e mesmo o agravamento desta situação inviabilizou as indispensáveis garantias de recuperação da normalidade e tornou claro que a instabilidade ameaçava continuar, com sério dano para as instituições e para o País, que não pode perder mais tempo nem adiar reformas.
Criou-se uma instabilidade substancial que acentuou a crise na relação de confiança entre o Estado e a sociedade, com efeitos negativos na posição portuguesa face aos grandes desafios da Europa, no combate pelo crescimento e pela competitividade da economia, na solidez e prestígio das instituições democráticas.
A insustentável situação a que se chegou – e que certos comportamentos e reacções dos últimos dias só têm contribuído para confirmar – mostra que as tendências de crise e instabilidade se revelaram mais fortes que o Governo e a maioria parlamentar, que se tornaram incapazes de as conter e inverter. Neste quadro, que revelou um padrão de comportamento sem qualquer sinal de mudança ou possibilidade de regeneração, entendi que a manutenção em funções do Governo significaria a manutenção da instabilidade e da inconsistência. Entendi ainda que se tinha esgotado a capacidade da maioria parlamentar para gerar novos governos.
Assim, e face a uma situação cuja continuação seria cada vez mais grave para Portugal, entendi, em consciência, que só a dissolução parlamentar representava uma saída."
A Associação Mais Portugal - Cabo Verde realizou, na noite de segunda-feira, dia 18 de Janeiro, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, a I Gala Mais Portugal – Cabo Verde. O espectáculo, que foi apresentado por Maria João Silveira e transmitido em directo pela RTP-África, contou, entre outros convidados, com a participação dos músicos Boss AC, Miguel Ângelo, Rui Veloso, Miguel Gameiro, Tito Paris e Sandra Horta, entre muitos outros convidados.
A Associação Mais Portugal-Cabo Verde, tem como Presidente honorário o Dr. Carlos Veiga - destacado político e reformador obreiro da democratização de Cabo Verde - e é liderada pelo Dr. Nuno Manalvo.
Durante a Gala foram entregues os prémios Mais Portugal-Cabo Verde, da autoria da Pintora Graça Morais, atribuídos a personalidades seleccionados pelo júri presidido pelo Dr. João Bosco Mota Amaral, nas categorias de Cultura - Tito Paris; Desporto - Nelson Évora; Empreendedorismo - RTP África; Responsabilidade Social - Associação de Solidariedade Social/ASSOMADA e, ainda, os prémios Prestígio 2009 e o Prémio Carreira.
Uma língua, dois povos, um palco foi, por assim dizer, o mote que fez convergir ao Coliseu dos Recreios uma multidão que celebrou a amizade dos povos de PORTUGAL e CABO VERDE.
Em minha opinião, este tipo de acções, fazem mais pela língua portuguesa no mundo e pela lusofonia do que muitas outras "acções de gabinete".
Está pois, uma vez mais, de parabéns Nuno Manalvo, Presidente da Associação MAIS PORTUGAL-CABO VERDE, por mais esta iniciativa em apoio e no reforço da lusofonia.
Recorda-se que, Nuno Manalvo, lançou recentemente, na cidade da Praia e no Grémio Literário, em Lisboa, sob a chancela da Alêtheia Editores e com a presentação do Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, a obra «CARLOS VEIGA: BIOGRAFIA POLÍTICA».
Carlos Veiga, criador do MpD – que, na esteira da queda do muro de Berlim, conseguiu romper com o sistema de partido único em Cabo Verde –, foi o primeiro chefe de governo escolhido em eleições multipartidárias, exercendo o cargo de primeiro-ministro entre 1991 e 2000. Em 2009, regressou á liderança do Movimento para a Democracia (MpD), maior partido da oposição, nove anos depois de abandonar o cargo para concorrer às eleições presidenciais.
Estou certo que o Dr. Carlos Veiga tem, ainda, um significativo potêncial para pôr ao serviço de Cabo Verde e da amizade entre o povo de Cabo Verde e de Portugal.
CARLOS VEIGA, Um nome a ter em conta no futuro de Cabo Verde.
Tenho acompanhado, com a devida atenção, a decisão, de Pedro Santana Lopes, de recolher as assinaturas necessárias à convocação do congresso extraordinário do PPD/PSD.
Concordo que é preciso e urgente debater o projecto do PPD/PSD, para o futuro.
Pese embora as críticas que, de vários quadrantes, de tempos a tempos lhe são feitas - eu próprio discordei, em vários momentos, da sua opinião - uma coisa é certa, estamos perante um dos políticos mais combativos e mais participativos do PSD e, em geral, da nossa vida política.
Quem, em Portugal e ao fim de tantos anos, após tantas vitórias e derrotas, consegue manter-se, desta forma, permanentemente na zona de rebentação das ondas?
Muitos criticam, outros têm inveja, outros fogem e outros, ainda, não dão a cara. Mas, o que é certo é que Pedro Santana Lopes, está sempre pronto a contribuir, a apoiar e a projectar o PPD com a coragem de dar a cara e ir à luta...
É tempo de todos, sem excepção, aproveitarmos esta oportunidade e sairmos à rua - indo e participando, de todas as formas possiveís, no congresso extraordinário - e, juntos, reconstruirmos um PPD/PSD, em que todos os portugueses revejam, por nele acreditarem, o projecto de mudança e alternativa que desejam para Portugal.